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Manual de sobrevivência: o que levar ao Atacama
Manual de sobrevivência: o que levar ao Atacama

Esse tópico eu copio do site https://www.matraqueando.com.br/, da Mestra de viagens Silvia "Matraca", uma pessoa maravilhosa e de ótimo coração, uma mulher lindíssima, com um marido cujo equipamento fotográfico o chamam de "Vossa Excelência" pelo altíssimo nível de suas fotos e cujas viagens ambos puderam nos repassar no que há de melhor em informações, dicas e cuidados. Sem as dicas da Sílvia "Matraca", muito provavelmente minha aventura no Deserto do Atacama não teria sido algo em torno de 99% perfeito!

"Há tempos concluí nossa série sobre o Chile, mas me esqueci de acrescentar esse
tópico importante: o que levar na mala numa viagem ao Deserto do Atacama? Por
certo, o tipo de bagagem já é um bom começo. O único ser vivo que desembarcou em
San Pedro de Atacama com uma mala de rodinhas foi a moça que vos fala. O lugar
combina muito mais com mochilões ou alguma mala que você não tenha que arrastar
pelas ruas empoeiradas da região.
Quem seguiu a gente acompanhou nosso périplo por lagoas salgadas e gêiseres.
Passamos por lagunas altiplânicas, conhecemos o segundo maior deserto de sal do
mundo, visitamos paisagens absolutamente fantásticas. Vestígios históricos e ruínas
ainda conservadas completam a minha melhor viagem dos últimos três anos.
O sucesso desse passeio depende – e muito – de alguns cuidados que você deve
tomar. O Atacama é o deserto mais seco e mais alto do mundo. E mesmo que você
viva em alguma cidade com baixa umidade do ar vai sentir olhos, bocas e garganta
ressecarem já nas primeiras horas de passeio por lá.
Como em qualquer deserto, as temperaturas são altas durante o dia (entre 28ºC e
35ºC) e caem drasticamente à noite (entre 2ºC e 10ºC). Se você for no inverno, os dias
permanecem quentes, mas as noites serão gélidas com temperaturas caindo
facilmente abaixo de zero. A listinha de itens essenciais não é grande, mas
fundamental para evitar aborrecimentos.

Deserto do Atacama: o que levar na mala?

1. Roupas: leve agasalhos para as noites frias do deserto. Roupas leves também são
importantes, afinal quase todos os passeios são feitos de dia. Eu usei quase o tempo
todo uma camiseta branca de algodão, manga longa, sob o sol escaldante. Para os
passeios que saem de madrugada como o que leva aos gêiseres, coloque muito
agasalho, blusa de lã, meia de lã, gorro, luvas, calça corta-vento por debaixo da roupa…
e ainda assim, desculpe, você vai passar frio! É absolutamente cortante.

2. Calçados: um par de tênis ou bota de caminhadas. Não é necessário nenhum tênis
especial. Eu fui com meu All Star véio de guerra. A não ser que você faça fazer algum
passeio que envolva trekking. Mas de uma maneira geral não existe nenhum tour.

3. Acessórios: chapéu (imprescindível!) ou boné, óculos de sol e garrafinhas de água. Em alguns passeios, caso você queira tomar banho nas termas ou na lagoa salgada, lembre-se de levar toalhas e traje de banho. 

4. Kit-sobrevivência: carregue o tempo todo com você protetor labial, protetor solar e
colírio que imita a lágrima (à venda nas farmácias). Algo muuuuito bem lembrado pela
Ana Carolina na caixa de comentários é o soro fisiológico para hidratar o nariz. Passe
todos esses itens várias vezes ao dia, mesmo quando não sentir necessidade.Não se
esqueça do creme hidratante para depois do banho. Acredite, se você NÃO seguir
essas recomendações provavelmente terá problemas. A pele fica tão ressecada que
chega a rachar. Os lábios serão os primeiros a sentir caso não sejam hidratados
constantemente.
Orientações gerais: beba muita água e evite comida pesada e bebida alcoólica nas
noites que antecedem os passeios de grande altitude como o Salar de Tara e o
Gêiseres El Tatio. O chá de coca (que eu não tomei!) ajuda a diminuir os sintomas do
Soroche - o mal das alturas.
Importante: não há hospital nem pronto socorro em San Pedro de Atacama. Apenas
um ambulatório que funciona de dia. Atendimento médico com mais estrutura você
encontra a 100 km dali, em Calama."